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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

DICAS DE SAÚDE (RUBRICA)


Por Ani Catumbela 

Tratamento fisioterapêutico para dor cervical / cervicalgia


A coluna cervical é formada por sete vértebras, que se estendem do tórax até à base do crânio, e que estão separadas por discos intervertebrais cuja função primordial é distribuir o peso e permitir o movimento.


As cervicalgias são caracterizadas por dores localizadas na região do pescoço e ombros, e geralmente estão associadas à presença de tensão muscular, pontos de dor (pontos gatilhos) e redução da mobilidade nos movimentos da coluna cervical.


Sintomas

Os sintomas mais comuns deste tipo de patologia são a dor cervical, a rigidez dos movimentos cervicais, associada muitas vezes  aos formigueiros, e à diminuição da sensibilidade e da força muscular no território daquela raiz (ombro, braço, antebraço e mão).


As cervicalgias resultam de anomalias nos tecidos moles (músculos, ligamentos, nervos) ou nas estruturas ósseas da coluna cervical. As causas mais comuns são lesões causadas por traumatismo ou excesso de sobrecarga.


Mais raramente, as cervicalgias podem resultar de tumores, infeções ou anomalias congénitas e essas possibilidades nunca devem ser ignoradas.


O facto de o pescoço ser uma região tão flexível torna-o mais vulnerável a traumatismos.


Os desportos motorizados, a prática de saltos em piscina, os desportos de contacto e as quedas podem resultar em lesão das vértebras cervicais.


As colisões automóveis por trás causam hiperextensão ou hiperflexão do pescoço para lá dos seus limites normais, com lesão dos músculos e ligamentos. Em casos extremos, pode ocorrer fratura da coluna com lesão da medula e paralisia.


Diagnóstico

O diagnóstico das cervicalgias passa pelo exame médico, pela história clínica e pela avaliação da região do pescoço.


O estudo radiográfico, por tomografia computorizada ou por ressonância magnética complementa essa avaliação e deve ser solicitado sempre que as cervicalgias não melhoram ao fim de algumas semanas ou quando existe um traumatismo associado.


Tratamento

Mesmo que tenha uma hérnia discal cervical ou uma doença degenerativa dos discos da coluna cervical a probabilidade é muito alta de que a sintomatologia melhore com o tratamento conservador. A primeira linha de tratamento é a medicação para tratamento da dor. No caso da dor ser radicular por compressão da raiz poderá ser necessário recorrer ao uso da cortisona pois os anti-inflamatórios não atuam sobre o mediador químico da dor neurológica (só mesmo a cortisona). Em alguns casos vale a pena associar a fisioterapia para melhoria do quadro clínico e da postura.


O tratamento dependerá da causa. Muitos casos de cervicalgias podem ser facilmente controlados medicante recurso ao calor e a anti-inflamatórios. O calor tem uma ação relaxante muscular que proporciona um alívio significativo. Noutros casos, o frio é mais eficaz. As respostas das cervicalgias ao frio e ao calor não estão cientificamente validadas mas, dependendo dos casos e das pessoas, podem ser um auxílio valioso.


É também importante modificar as atividades quotidianas que podem contribuir para as cervicalgias, tais como a posição durante o sono ou quando se está sentado.


Existem exercícios que podem aumentar a flexibilidade do pescoço. As massagens, realizadas por profissionais devidamente habilitados, podem igualmente ajudar.


A cirurgia é necessária no caso de lesão grave, evidência de compressão da medula, presença de tumor ou de estreitamento do canal.


Quando as cervicalgias resultam de atividades quotidianas, como o uso de computador ou a posição durante o sono, elas tendem a melhorar ao longo de 4 a 6 semanas apenas com o recurso a analgésicos, modificação dessas atividades e alguns exercícios.


Quando resultam de um traumatismo, o tempo de recuperação sem cirurgia é mais longo, podendo demorar entre 3 a 12 meses, com dores intermitentes.


As cervicalgias podem tornar-se crónicas, sobretudo com a idade, dada a associação com o progressivo estreitamento do canal espinal e os fenómenos de artrite na região do pescoço. Estes casos interferem muito com a qualidade de vida dos pacientes e podem associar-se a fadiga, depressão ou ansiedade. Como tal, requerem uma atenção especial.


O tipo de cirurgia mais habitual para resolução da dor causada pela doença degenerativa cervical é a artrodese anterior da coluna cervical associada a discectomia e foraminectomia.


Para as etapas de manutenção e reabilitação da dor cervical, os pacientes também podem ser instruídos a adotar tratamentos complementares, os quais incluem:

* Fisioterapia: com os exercícios musculares, visa aliviar a dor e recuperar flexibilidade e a funcionalidade da região cervical.

* Acupuntura: através de estímulos intramusculares, por meio das terminações nervosas da pele, a acupuntura proporciona o alívio da dor através de um efeito natural analgésico.

* Colar cervical: em alguns casos, esse item é necessário para imobilizar temporariamente a cervical e manter sua posição anatômica, impedindo que o paciente realize esforços que afetem a região.

* Massagem: massagens na área dolorida são úteis para estimular a circulação do sangue e melhorar o relaxamento após atividades que causam sobrecarga.


Prevenção

É importante evitar a manutenção durante longos períodos de tempo em posições que esforçam o pescoço, como, por exemplo, trabalhar em frente a um computador. Durante esse tempo, as costas devem estar direitas, os pés bem apoiados no chão e devem-se fazer pausas regulares. O computador deve estar ao nível dos olhos.


Durante a noite, deve-se utilizar uma almofada que mantenha o pescoço alinhado e deve-se evitar dormir de barriga para baixo, porque essa posição obriga o pescoço a estar torcido.


O uso de cinto de segurança e de capacete nos desportos motorizados reduz o risco de lesões da coluna cervical. Ainda na condução, o assento deve ser regulado de modo a manter as costas direitas.


A manutenção de um peso adequado é sempre importante, neste e noutros casos.


Fique atento, não negligencie as dores na coluna, assim como assimetrias nos ombros, costelas e bacia…


Prevenção e orientações para auxiliar no tratamento

A maioria das dores no pescoço está associada a uma má postura , o desgaste relacionado à idade combinada com o sedentarismo. Algumas mudanças simples em sua rotina diária podem ajudar.

* Cuide da sua postura: 

– Faça pausas frequentes:  Se você viaja longas distâncias ou trabalha longas horas no computador, levante-se, mova-se e estique o pescoço e os ombros.

– Ajuste sua mesa, cadeira e computador para que o monitor fique ao nível dos olhos. Os joelhos devem estar um pouco mais baixos que os quadris. Use os braços da sua cadeira.

– Evite colocar o telefone entre a orelha e o ombro ao conversar. Use um fone de ouvido ou viva-voz.

– Se você fuma, desista. Fumar pode colocá-lo em maior risco de desenvolver dor no pescoço.

– Evite carregar malas pesadas com tiras sobre o ombro. O peso pode esticar seu pescoço.

– Durma em uma boa posição. O travesseiro deve apoiar a curva lateral do pescoço enquanto sustenta a cabeça, pescoço e coluna, que deve ficar alinhada. Para quem dorme de costas, o travesseiro deve apoiar a curva lateral do pescoço, preservando-o durante a noite enquanto sustenta cabeça, pescoço e ombros.

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