Por Ani Catumbela
A restauração dentária é atualmente definida como o preenchimento de partes perdidas do dente, devolvendo a forma, função e estética, por meio de um material odontológico, no caso de dentes destruídos por cárie ou com fratura.
A restauração dentária é um recurso bastante usual na odontologia, porque, além de estar relacionado à questão estética, traz benefícios importantes atrelados à saúde bucal. Para tanto, são utilizados diferentes procedimentos, com materiais e técnicas distintas.
No entanto, a restauração mal feita no dente pode prejudicar a arcada dentária, provocando diversos problemas bucais, como cáries. Por isso, é tão importante contar com o auxílio de um dentista qualificado.
As restaurações podem ser de porcelana ou resina composta, que são materiais que se assemelham à cor dos dentes. Além disso, outros tipos também são utilizados, como amálgama, uma liga de estanho, cobre, prata, mercúrio e algumas vezes zinco.
Restauração de porcelana
Se você trinca ou quebra um dente, por exemplo, é importante que o aspecto do reparo seja muito semelhante ao dente original. Quanto mais próximo for o trabalho de coloração do dente, mais harmônico e natural fica o sorriso depois do procedimento. Portanto, se o objetivo é fazer uma restauração por finalidades estéticas, o material indicado é a porcelana.
Resina composta
A resina composta é o material mais utilizado para realizar a restauração dentária. Ela é amplamente conhecida na odontologia por ter um bom custo-benefício e uma durabilidade satisfatória. Ela veio para substituir a amálgama, que tem um aspecto estético desagradável e ainda demanda a fixação mecânica.
Além disso, a resina composta é flexível, permitindo que o dentista conclua a restauração no mesmo dia. Isso tudo sem afetar a qualidade do material, que resiste bem à mastigação e fica fixo ao dente.
A restauração com resina composta acontece da seguinte maneira: depois de fazer a limpeza do dente e a remoção completa das bactérias, é utilizado o chamado “sistema de união”, que adere a resina ao dente. Então, o material é aplicado para efetuar o preenchimento.
Ele só se solidifica e endurece quando é exposto à luz, um processo conhecido como fotopolimerização. Dessa maneira, facilita o trabalho de fixação e molde. O resultado fica bem semelhante ao aspecto natural do dente.
Além da resina composta e da porcelana, existem outros materiais menos utilizados, como:
* ionômero de vidro — menos resistente e de uma coloração mais limitada, essa é uma opção em conta para quem sofre com a reincidência de cáries ou para crianças com dente de leite, por exemplo;
* amálgama — uma liga metálica com aspecto prateado. Não favorece em nada o fator estético, sendo facilmente substituída pela resina composta;
* cerômero — mistura entre porcelana e resina. Tem a finalidade de baratear o procedimento, mantendo aspectos como a durabilidade e a harmonia estética.
Todos esses métodos podem ser facilmente utilizados por qualquer profissional da área, desde que sejam atendidos a necessidade e o desejo do paciente. Assim, com base no orçamento disponível, na lesão do dente e no procedimento necessário para garantir a saúde bucal, o dentista e o paciente devem escolher juntos pela melhor opção.
Em quais casos esse procedimento é indicado?
A restauração dentária é importante para manter a integridade e a saúde bucal. Problemas com os dentes podem levar a questões de autoestima, infecções, dificuldades na fala e, até mesmo, na mastigação. Portanto, manter os cuidados na região é uma maneira de evitar muitos transtornos.
Confira a seguir as principais complicações que podem ser minimizadas com esse procedimento.
Eliminar cáries
Muitas pessoas acreditam que uma pequena lesão de cárie não tem potencial para fazer grandes estragos. Na verdade, mesmo as menores delas causam uma cavidade na estrutura do dente, podendo aumentar ao longo do tempo. Então, ainda mantendo uma escovação cuidadosa, esse local estará propenso a contrair e proliferar bactérias.
O procedimento evita uma série de inconvenientes, como o agravamento do quadro, que leva, por exemplo, à necessidade de iniciar um tratamento mais avançado: a endodontia. Nesses casos, pode ser necessário realizar um canal ou até mesmo chegar à perda dental.
Corrigir a cor
O desgaste dos dentes pode comprometer a sua estrutura externa, resultando na alteração da cor, ou seja, provocando manchas na superfície. Dessa forma, afeta a estética do sorriso e, em alguns casos, gera uma maior sensibilidade — afinal, expõe a dentina. Em geral, isso impacta a funcionalidade dos dentes, já que comer alguns alimentos torna-se muito doloroso.
A restauração no dente atua não só nessa recomposição, deixando seu sorriso bonito novamente, como também protege contra as ações naturais de desgaste e, até mesmo, infecções.
Recuperar dentes fraturados
Você foi mastigar algo duro e trincou seu dente? Sofreu uma queda ou um trauma e quebrou parte da dentição? Bem, esses são apenas alguns exemplos em que a restauração dentária é importante. Infelizmente, ninguém está livre de passar por esse tipo de situação. A boa notícia é que dá para corrigir o problema por meio desse procedimento.
Da mesma maneira, quem sofre com o bruxismo também pode sofrer lesões dentárias, como a erosão do esmalte. A condição resulta no aumento da sensibilidade e até na dificuldade em mastigar alimentos muito quentes ou gelados.
Em todos esses casos, a restauração dentária ajuda a recuperar a saúde bucal, devolvendo o seu bem-estar, a funcionalidade dos dentes e a sua autoestima.
Como saber se a restauração de dente foi mal feita?
Como vimos, a restauração do dente é responsável por devolver a integridade do elemento dentário. A técnica é recomendada em casos de fraturas, cáries profundas ou outras doenças bucais.
Entretanto, assim como em qualquer outro tratamento odontológico, a restauração também pode apresentar problemas, como infiltrações, que necessitam de um atendimento urgente. A falta de selamento da restauração causada por trincas ou fraturas no material usado no procedimento, pode provocar o problema.
O pequeno espaço aberto entre os dentes e o material pode ser uma porta de entrada para bactérias e fluidos na parte interna da arcada dentária, o que provoca cáries embaixo da restauração.
Por permitir a entrada de microrganismos na parte interna dos dentes, a infiltração na restauração dentária precisa ser resolvida rapidamente. Isso porque, quando não tratada, pode causar a eliminação de nervos e vasos sanguíneos importantes da estrutura dental, o que resulta na perda de sensibilidade.
Além disso, a restauração mal feita no dente pode levar também a uma mordida errada. O problema aparece quando é feita uma restauração no dente e ela ficou alta. Nessa situação, ao morder, a pessoa acaba encostando mais em algumas áreas do que em outras, prejudicando o equilíbrio oclusal e causando dores ao mastigar.
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