Biografia
De volta para Zooggoo tornou-se serviçal de um funcionário local, talvez o chefe de Soubroukou, que ele chama de rei. Ocupando um cargo de confiança junto ao Rei, ele se tornou alvo de inveja e foi aprisionado numa emboscada; sequestrado para o Daomé, teria sido embarcado num navio negreiro em 1845, e levado para Pernambuco, no Brasil.
Baquaqua esteve em Pernambuco por cerca de dois anos. Ele foi escravizado por um senhor que era padeiro (em Olinda), por quem ele foi brutalmente castigado. Trabalhou na construção de casas, carregando pedras, aprendeu o português e chegou a exercer funções como “escravo de tabuleiro”, vendedor externo, função normalmente reservada a escravos de confiança e inteligentes. A dureza do tratamento que recebia fez com que voltasse ao vício do álcool e até que tentasse o suicídio.
Baquaqua esteve em Pernambuco por cerca de dois anos. Ele foi escravizado por um senhor que era padeiro (em Olinda), por quem ele foi brutalmente castigado. Trabalhou na construção de casas, carregando pedras, aprendeu o português e chegou a exercer funções como “escravo de tabuleiro”, vendedor externo, função normalmente reservada a escravos de confiança e inteligentes. A dureza do tratamento que recebia fez com que voltasse ao vício do álcool e até que tentasse o suicídio.
Levado para o Rio de Janeiro, foi incorporado à tripulação do navio Lembrança, que fazia transporte de mercadorias com as províncias do sul do Brasil. Uma remessa de café para os Estados Unidos, em 1847, foi seu passaporte para a liberdade. O navio, que chegou a Nova Iorque em junho, foi abordado por abolicionistas locais, que o incentivaram a fugir do navio. Após a fuga, no entanto, foi preso na cadeia local, e apenas a colaboração dos abolicionistas (que facilitaram a fuga da prisão) impediu que fosse restituído ao navio. Foi então enviado ao Haiti, onde passou a viver com o reverendo Judd, um missionário batista.
Convertido e batizado, em 1848, Baquaqua retornou aos Estados Unidos devido à instabilidade política que o Haiti vivia então; estudou no New York Central College, em McGrawville, por quase três anos. Em 1854 foi para o Canadá e sua biografia foi publicada no mesmo ano por Samuel Downing Moore em Detroit.
Em 2018, a biografia de Mahommah Baquaqua foi apresentada como enredo no carnaval virtual, pelo G.R.E.S.V. Recanto do Beija-flor.
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