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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Angola de​fende consolidação de mecanismos contra terrorismo


Fonte : ANGOP

Luanda -​ Angola defende o reforço dos instrumentos legais que definem o​terrorismo, consolidação dos mecanismos de prevenção e de combate adequados​ contra este mal,​ afirmou esta terça-feira, em Abuja, o ministro da Defesa Nacional​ e dos Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos​.

​No seu discurso, na conferência de alto nível sobre terrorismo, violência extrema e mudanças inconstitucionais,​ na capital nigeriana, ​recordou que a África tem conhecido uma acentuada proliferação de grupos terroristas que ameaçam a paz, segurança e a integridade dos respectivos Estados.

​Para o efeito apelou aos países membros a implementarem a Declaração de Malabo que contém disposições e acções indispensáveis para dar resposta à luta contra o terrorismo e as mudanças inconstitucionais dos governos em África.

Segundo uma nota de imprensa ​enviada à ANGOP​, esta quarta-feira, o ministro sustentou que os grupos têm beneficiado de apoio de entidades estrangeiras, incluindo mercenários, ​aumentando os focos de instabilidade no ​continente.

​Por outro lado, colocou à disposição da conferência a experiência de Angola e do Presidente João Lourenço, Campeão da União Africana para Paz e Reconciliação em África, na gestão e resolução de conflitos para erradicar este fenómeno que afecta a vida e o desenvolvimento dos povos​ africanos.

Centros regionais

Angola​, explicou, entende que as questões de paz e segurança no ​continente constituem desafios que requerem maior engajamento colectivo dos Estados ​africanos.

Por esta razão​, João Ernesto dos Santos subscreveu a criação de entidades regionais para operacionalizarem a coordenação dos centros de luta contra o terrorismo e o extremismo violento.

Esta é de resto uma proposta do Presidente da Nigéria​, Bola Tinubu​, ao enfatizar a necessidade de uma abordagem abrangente que não se limit​e​ao poderio militar, mas as causas profundas, incluindo a pobreza, a desigualdade e a injustiça social.

​Alertou​, na abertura da conferência, para a importância do corte das linhas financ​iamentos que alimentam as actividades terroristas, tais como pagamentos de resgates e operações mineiras ilegais para qual apelou à cooperação da comunidade internacional.

Acrescentou que “​bil​iões e bil​iões de dólares que os governos legítimos deveriam usar para construir sociedades melhores, fornecendo educação, cuidados de saúde e alimentos para ​as populações, agora vão para pagar armas e respostas ao caos instituído”.

Os presidentes Nana Akufo Addo, Gana​, e Faure Gnassingbé, Togo, presentes na​ reunião defenderam igualmente a monitorização das fontes de financiamento das organizações insurgentes que têm provocado caos e luto nas famílias africanas.

A conferência terminou terça-feira com a Declaração de Abuja sob responsabilidade de Mallam Nuhu Ribadu, ​conselheiro de Segurança Nacional da República Federal da Nigéria.​ FMA​/VIC

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