Fonte : ANGOP
No seu discurso, na conferência de alto nível sobre terrorismo, violência extrema e mudanças inconstitucionais, na capital nigeriana, recordou que a África tem conhecido uma acentuada proliferação de grupos terroristas que ameaçam a paz, segurança e a integridade dos respectivos Estados.
Para o efeito apelou aos países membros a implementarem a Declaração de Malabo que contém disposições e acções indispensáveis para dar resposta à luta contra o terrorismo e as mudanças inconstitucionais dos governos em África.
Segundo uma nota de imprensa enviada à ANGOP, esta quarta-feira, o ministro sustentou que os grupos têm beneficiado de apoio de entidades estrangeiras, incluindo mercenários, aumentando os focos de instabilidade no continente.
Por outro lado, colocou à disposição da conferência a experiência de Angola e do Presidente João Lourenço, Campeão da União Africana para Paz e Reconciliação em África, na gestão e resolução de conflitos para erradicar este fenómeno que afecta a vida e o desenvolvimento dos povos africanos.
Centros regionais
Angola, explicou, entende que as questões de paz e segurança no continente constituem desafios que requerem maior engajamento colectivo dos Estados africanos.
Por esta razão, João Ernesto dos Santos subscreveu a criação de entidades regionais para operacionalizarem a coordenação dos centros de luta contra o terrorismo e o extremismo violento.
Esta é de resto uma proposta do Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, ao enfatizar a necessidade de uma abordagem abrangente que não se limiteao poderio militar, mas as causas profundas, incluindo a pobreza, a desigualdade e a injustiça social.
Alertou, na abertura da conferência, para a importância do corte das linhas financiamentos que alimentam as actividades terroristas, tais como pagamentos de resgates e operações mineiras ilegais para qual apelou à cooperação da comunidade internacional.
Acrescentou que “biliões e biliões de dólares que os governos legítimos deveriam usar para construir sociedades melhores, fornecendo educação, cuidados de saúde e alimentos para as populações, agora vão para pagar armas e respostas ao caos instituído”.
Os presidentes Nana Akufo Addo, Gana, e Faure Gnassingbé, Togo, presentes na reunião defenderam igualmente a monitorização das fontes de financiamento das organizações insurgentes que têm provocado caos e luto nas famílias africanas.
A conferência terminou terça-feira com a Declaração de Abuja sob responsabilidade de Mallam Nuhu Ribadu, conselheiro de Segurança Nacional da República Federal da Nigéria. FMA/VIC
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