Morreu o homem que se imolou(assassinou-se) junto a julgamento de Trump - Rádio zango 8000

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sábado, 20 de abril de 2024

Morreu o homem que se imolou(assassinou-se) junto a julgamento de Trump

 Maxwell Azzarello chegou a Nova Iorque, nos Estados Unidos, no início da semana. Antes de se imolar, o homem de 37 anos lançou panfletos com informações com "teorias da conspiração"


Morreu o homem que se imolou à porta do tribunal onde o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump estava a ser julgado na sexta-feira, em Nova Iorque.

A confirmação foi dada pelas autoridades nova-iorquinas já na madrugada deste sábado, que não especificaram a hora da morte - referindo apenas que o óbito já tinha sido confirmado pela unidade hospitalar para onde o homem foi transportado, e onde chegou vivo, mas em estado crítico.

O homem esteve envolto em chamas durante cerca de três minutos, e entre este se imolar e a polícia chegar passou apenas um minuto.

Segundo uma testemunha contou à NBC News, ter-se-á ouvido "alguém gritar" antes do ato. "Vi-o a colocar gasolina na cara, muito deliberadamente", explicou Ed Quinn, um jornalista que estava no local.

"A gasolina ensopou-lhe a blusa", explicou, acrescentando que as pessoas que estavam no local estava a gritar e a pedir para que ele não se imolasse.

As publicações norte-americanas adiantam que, depois de largar alguns panfletos no ar, Azzarello retirou uma lata de um mochila e encharcou-se com o que as autoridades acreditam ser um líquido inflamável à base de álcool. Foi nesse momento que polícias e civis acorreram à área, tentando apagar as chamas com casacos e extintores de incêndio, descreveu o chefe do Departamento de Polícia de Nova Iorque, Jeff Maddrey. Quatro agentes sofreram ferimentos leves devido à exposição ao fogo.

Quem era este homem? E quais as suas motivações?

O homem que se imolou foi identificado como Maxwell Azzarello, de 37 anos. Natural de St. Augustine, no estado norte-americano da Florida, o homem terá chegado a Nova Iorque no início da semana sem que a família soubesse - e terá cometido num "ato extremo de protesto", depois de lançar panfletos com "teorias da conspiração".

Na sexta-feira, o autointitulado "investigador" publicou um documento chamado: "Imolei-me à porta do julgamento de Trump" na plataforma Substack, onde explicava as suas motivações.

"Este ato extremo de protesto visa chamar a atenção para uma descoberta urgente e importante: Somos vítimas de um golpe totalitário, e o nosso próprio governo (juntamente com muitos dos seus aliados) está prestes a atingir-nos com um golpe mundial fascista apocalíptico", escreveu.

De acordo com as autoridades, o conteúdo dos panfletos atirados baseava-se justamente em "teorias da conspiração [com] informações sobre um esquema Ponzi", em que o homem defendia que "algumas das nossas instituições de ensino locais são fachadas para a máfia", noticiou a NBC News.

Apesar de Azarello não ter violado os "protocolos de segurança", a comissária dos bombeiros de Nova Iorque, Laura Kavanagh, assegurou que as autoridades vão rever os procedimentos, segundo a ABC 7.

"Não acreditamos que tenha tido como alvo algum grupo específico. Neste momento, estamos a rotular o incidente como [obra] de uma espécie de teórico da conspiração e partiremos daí, mas a investigação continuará", complementou o chefe dos detetives do Departamento de Polícia de Nova Iorque, Joseph Kenny.

E 'do outro lado', o que disse Trump?

Já a assessora de imprensa da campanha de Trump, Karoline Leavitt, emitiu um comunicado onde expressava "condolências às testemunhas traumatizadas" e agradecia às autoridades e serviços de emergência de Nova Iorque pela resposta ao incidente, que "prova que a nação está em sérios apuros".

"Não conhecendo as motivações por detrás desta situação doentia, é difícil fazer quaisquer comentários definitivos, a não ser dizer que estamos gratos porque, até onde sabemos, ninguém além do indivíduo em questão ficou ferido", disse.

Tudo aconteceu pelas 18h37 (hora em Lisboa), após a seleção de 12 pessoas e de seis alternativas para integrar o júri do julgamento de Donald Trump, abrindo caminho para o início dos procedimentos, na próxima semana.

REDAÇÃO 8000

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