MOÇAMBIQUE
Centenas de pessoasnas ruas em apoio à CAD
Várias cidades moçambicanas foram, este sábado, palco de protestos pacíficos contra a exclusão da Coligação Aliança Democrática (CAD) das eleições de outubro.Não houve há registos de incidentes.
A Coligação Aliança Democrática (CAD), que apoia a candidatura do político Venâncio Mondlane a Presidente de Moçambique, realizou, este sábado, uma marcha nacional contra a exclusão das eleições de outubro, pedindo que o Conselho Constitucional anule essa decisão.
Maputo, Quelimane, Nampula, Chimoio e Inhambane foram algumas das cidades onde os apoiantes da coligação saíram às ruas em protesto.
Na capital Maputo, foram centenas as pessoas que percorreram as ruas munidas com cartazes de contestação à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e ao Governo e que entoaram apelos para "salvar Moçambique".
À DW, uma jovem moçambicana, que se identifica como Tucha, diz que os jovens se reveem na Coligação Aliança Democrática porque querem mudanças, mas também porque estão cansados do aumento do custo de vida no país.
Também presente na marcha em Maputo, o presidente da Coligação Aliança Democrática (CAD), Manecas Daniel, prometeu uma "guerra" com "ovo e tomate" pelo povo moçambicano caso aquela formação fique de fora das eleições gerais de outubro, acusando o poder de ter "medo".
"Creio que o povo moçambicano, com ovos e tomate, que não é arma, vão fazer a guerra e vão vencer", disse, em declarações à Lusa.
A DW esteve com uma emissão especial durante a manhã deste sábado. Neste programa, Ricardo Raboco, analista moçambicano, teceu críticas à CNE, afirmando que este é um órgão que não é composto "por técnicos, mas por comissários políticos. E nessa qualidade, não se pode esperar uma CNE idónea", disse.
Em Quelimane, vários simpatizantes da CAD afirmaram "não descansar até que a coligação seja repescada e incorporada na lista dos concorrentes para as eleições gerais de 9 de outubro".
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) excluiu a CAD das eleições gerais de 09 de outubro por não reunir os requisitos legais, anunciou em 18 de julho aquele órgão eleitoral, numa deliberação adotada por consenso já na fase de verificação das candidaturas recebidas.
Com a decisão da CNE, Venâncio Mondlane - que não participou nos protestos de hoje por estar em campanha na Europa - fica impedido de concorrer a mais um mandato na Assembleia da República, mas mantém-se na corrida à Presidência.
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