Os rebeldes do M23 controlam vários pontos estratégicos da cidade de Goma, incluindo o aeroporto e o porto |
Presidente angolano, João Lourenço, exige retirada das tropas do Ruanda na RDC e propõe regresso ao diálogo. Mas a situação no país continua tensa, apesar de uma certa acalmia e cessação dos combates.
O Presidente de Angola, João Lourenço, que lidera os últimos esforços de mediação entre a República Democrática do Congo (RDC) e o, Ruanda, acusado de apoiar o M23, apelou à "retirada imediata" do grupo armado e das tropas ruandesas do território congolês. Numa declaração divulgada esta quarta-feira, o chefe de Estado angolano "deplora a ocupação da cidade de Goma e apela à retirada imediata do M23 dos territórios ilegalmente ocupados".
Lourenço pede ainda a "retirada imediata das Forças de Defesa do Ruanda do território congolês". Ambas são "condições necessárias para a convocação de uma cimeira tripartida em Luanda".
Por outro lado, com a pressão internacional a aumentar para pôr fim à crise, uma nova tentativa diplomática falhou na quarta-feira, quando o Presidente congolês, Félix Tshisekedi, se recusou a participar numa reunião com o seu homólogo ruandês, Paul Kagame.
De acordo com as últimas informações, os combates cessaram, o centro da cidade está calmo e os habitantes voltaram a circular na quarta-feira na capital da província de Kivu do Norte, entre o Lago Kivu e a fronteira com o Ruanda.
O apelo do Presidente João Lourenço surge pouco depois de soldados do Exército da RDC e as respetivas milícias aliadas se terem retirado da cidade estratégica, refugiando-se no território vizinho de Nyiragongo, face ao avanço do grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23).
POR: DW
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