O Governo da RDC acusou repetidamente o Ruanda de apoiar o grupo rebelde M23, uma alegação que o Ruanda nega.
Kigali acusa a RDC de alistar combatentes étnicos hutus responsáveis pelo genocídio de 1994 da minoria tutsi e hutus moderados no Ruanda.
No sábado, Tshisekedi prestou homenagem aos soldados que foram mortos e prometeu apoiar o exército.
O Conflito empurrou 35.000 pessoas para o Burundi, diz a agência de refugiados da ONU.
Os Estados Unidos sancionaram o Ministro de Estado para a Integração Regional do Ruanda, James Kabarebe, e o porta-voz do M23 e da Aliança do Rio Congo, Lawrence Kanyuka Kingston, juntamente com duas das empresas de Kanyuka, a Kingston Fresh e a Kingston Holding, por ligações "à violência e às violações dos direitos humanos no leste da República Democrática do Congo (RDC)".
Em nota, o Departamento de Estado norte-americano informa ter aplicado sanções ao grupo armado M23 por colocar "em causa a integridade territorial da RDC".
"Com o apoio do Ruanda, também ameaçou, feriu, matou e deslocou milhares de civis inocentes, custou a vida a três elementos das forças de manutenção da paz da ONU e feriu vários outros. Esta violência corre o risco de se transformar num conflito regional mais vasto.", escreve Tammy Bruce, porta-voz do departamento.
Os Estados Unidos exortam o Ruanda a regressar à mesa das negociações no âmbito do Processo de Luanda, liderado por Angola, com o objetivo de "encontrar uma solução" para o conflito na RDC.
"Os Estados Unidos apelam aos líderes do Ruanda para que ponham termo ao seu apoio ao M23, já designado pelos Estados Unidos e pela ONU, e retirem todas as tropas da Força de Defesa do Ruanda do território da RDC".
O Departamento de Estado apela ainda ao Ruanda "que respeite a soberania e a integridade territorial da RDC" e pede aos governos do Ruanda e do Congo que responsabilizem "os responsáveis pelas violações e abusos dos direitos humanos".
"A persistência do conflito impede o desenvolvimento económico e dissuade as empresas americanas de investirem tanto no Ruanda como na RDC - uma perda para a região e para o povo americano", afirma Tammy Bruce.
Sem comentários:
Enviar um comentário