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domingo, 23 de fevereiro de 2025

EUA aplicam sanções ao Ruanda e ao M23



O Governo da RDC acusou repetidamente o Ruanda de apoiar o grupo rebelde M23, uma alegação que o Ruanda nega.


Kigali acusa a RDC de alistar combatentes étnicos hutus responsáveis pelo genocídio de 1994 da minoria tutsi e hutus moderados no Ruanda.

No sábado, Tshisekedi prestou homenagem aos soldados que foram mortos e prometeu apoiar o exército.

O Conflito empurrou 35.000 pessoas para o Burundi, diz a agência de refugiados da ONU.

Os Estados Unidos sancionaram o Ministro de Estado para a Integração Regional do Ruanda, James Kabarebe, e o porta-voz do M23 e da Aliança do Rio Congo, Lawrence Kanyuka Kingston, juntamente com duas das empresas de Kanyuka, a Kingston Fresh e a Kingston Holding, por ligações "à violência e às violações dos direitos humanos no leste da República Democrática do Congo (RDC)".

Em nota, o Departamento de Estado norte-americano informa ter aplicado sanções ao grupo armado M23 por colocar "em causa a integridade territorial da RDC".

"Com o apoio do Ruanda, também ameaçou, feriu, matou e deslocou milhares de civis inocentes, custou a vida a três elementos das forças de manutenção da paz da ONU e feriu vários outros. Esta violência corre o risco de se transformar num conflito regional mais vasto.", escreve Tammy Bruce, porta-voz do departamento.

Os Estados Unidos exortam o Ruanda a regressar à mesa das negociações no âmbito do Processo de Luanda, liderado por Angola, com o objetivo de "encontrar uma solução" para o conflito na RDC.

"Os Estados Unidos apelam aos líderes do Ruanda para que ponham termo ao seu apoio ao M23, já designado pelos Estados Unidos e pela ONU, e retirem todas as tropas da Força de Defesa do Ruanda do território da RDC".

O Departamento de Estado apela ainda ao Ruanda "que respeite a soberania e a integridade territorial da RDC" e pede aos governos do Ruanda e do Congo que responsabilizem "os responsáveis pelas violações e abusos dos direitos humanos".

"A persistência do conflito impede o desenvolvimento económico e dissuade as empresas americanas de investirem tanto no Ruanda como na RDC - uma perda para a região e para o povo americano", afirma Tammy Bruce.

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